sábado, 12 de março de 2011

VW Bulli: Reedição da Kombi não irá atender o japonês da feira

Post originalmente publicado no Blog do Play dia 12/03/2011 A boa e velha Kombi está com seus dias contados por força de decreto. Em 2014, quando for obrigatório a adoção de air-bags e abs, a nossa velha conhecida irá nos deixar para desespero do pessoal da feira, desde o japonês que frita pastel, do baiano da banca de fruta, do paraíba especializado em verdura passando pelo mineiro que traz queijo fresco, meia-cura e aquela goiabada cascão direto da roça.
Foi assim com o Vocho, a versão mexicana do nosso Fusca, que era adorado pelos taxistas de lá mas com o decreto que obriga os táxis de lá a ter no mínimo quatro portas também obrigou o fim da produção de lá. Os tecnófilos estão felizes com esse conceito elétrico, mas com plataforma pronta para receber um mais realista motor a explosão. E se confirmar a sua fabricação no México poderia vir para cá, sem a cobrança de impostos de importação via acordo Brasil-México.
O que eles esquecem é que essa nova versão da Kombi, chamada pelo carinhoso apelido dado pelos alemães, Bulli é só uma minivan quem mesmo em versão comercial não teria todo o espaço e a praticidade que a velha Kombosa tem, mesmo com o motor traseiro praticamente roubando espaço da porta traseira. Uma marca registrada desde os primórdios de sua fabricação em 1950 quando aproveitava o motor boxer do Fusca.
A Volks afirma que a Bulli é a reedição da "primeira van mundial" mas esquecem da Tempo Matador que foi lançada meses antes com o mesmo motor, só que com tração dianteira, cuja empresa foi absorvida pelo grupo Daimler (Mercedes) na década de 60. Outra pioneira, que hoje faz parte do Grupo VW é a DKW com seu F89 lançada dois meses após a Matador, em novembro de 1948. Também tinha tração e motor dianteiros liberando o compartimento o acesso pelo piso da parte traseira do compartimento de carga. E só em março de 1950 é que a velha Kombosa saiu das linhas de montagem e sete anos depois viria para São Bernardo do Campo para nunca mais sair de linha. Pelo menos até agora...
Voltando ao presente, e talvez futuro, essa revisão do conceito Microbus apresentado em 2001 está praticamente pronta para ser produzida. A plataforma flexível poderá receber motores 1.0l e 1.4l a combustão e relativamente potentes graças ao downsizing motorizado e que também poderá ser feita em diferentes tamanhos para se adequar às peculiaridades dos mercados regionais. Em tamanho compacto, esse conceito tem 3,99 metros de comprimento, 1,75 de largura e 1,70 de altura, esse monovolume pode servir de taxi ou furgão comercial com relativa desenvoltura nos grandes centros congestionados das grandes metrópoles.
E voltando aos tecnófilos, meus caros, se a Kombi sobreviveu até hoje e será retirada de produção por decreto, não é o mercado aqui que é atrasado mas o conjunto das qualidades do veículo que se fazem impor. Agora tentem convencer o feirante e o pequeno empresário que há coisa melhor no mercado...
O painel remete a simplicidade de sua inspirado e o multimídia é controlado pela onda do momento, um tablet como o i-Pad afixado no console central que também controla o sistema de climatização e aquecimento. O quadro de instrumentos é composto por um grande velocímetro que circunda um display que exibe informações do veículo e do multimídia controlado pelo tablet.
Apesar de compacta, tem espaço de sobra para seis pessoas e ainda sobra 370l para a bagagem. Se precisar de mais espaço, 1.600l são possíveis com os bancos traseiros rebatíveis na proporção um terço/dois terços (40/60) abaixados ou que podem formar uma confortável cama.
A versão elétrica tem 115 cv e torque de 27,5 kgm/f e leva o veículo aos 100 km/h em 11,5 segundos. A máxima é de 140 km/h e as baterias podem ser recarregadas no modo carga rápida em uma hora e dão 300 km de autonomia.
O entre-eixos é de generosos 2,62 m ladeado pelas exageradas rodas de 18 polegadas, que virão menores em uma possível versão de produção. Essa pintura "saia-e-blusa" que relembra a Kombi Lotação era chamada de "Samba" na Europa.
Faróis, lanternas e luzes indicativas e diurnas seguem a nova linguagem visual da marca e são compostas por LED´s. A tampa do porta-malas segue o mesmo desenho do conceito antecessor Microbus, mostrado em 2001 no auge do sucesso do New Bettle...

2 comentários:

  1. Como é bom poder encontrar boas referências em bons blogs .
    Mas na sua opnião, será uma boa opção para a estrada?

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  2. Caro Lucas, agora eu tenho o Site do Moquenco (www.sitedomoquenco.com.br) e tem tudo sobre veículos. Dá uma olhada lá. Quanto a sua pergunta, será sim. Obrigado pela visita.

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