sábado, 9 de abril de 2011

Aston Martin Virage: Nem muito luxuoso e nem pouco esportivo

Post originalmente publicado no Blog do Play dia 04/04/2011
Os fabricantes de automóveis detestam quando aparece algum vácuo em sua tabela de preço. E assim como a pressão atmosférica, sempre se esforçam em preencher esse vazio. Enquanto a atmosfera preenche de ar o vácuo, os fabricantes criam novas versões e modelo. Um deles é a Aston Martin com o Virage. Segundo a diretoria da casa de Gaidon, o novo Virage, que significa "curvar", "virar" (uma curva), "mudar de (direção, rumo)", em francês, é o meio termo entre o esportivo DBS e o luxuosos DB9. A sofisticação fica por conta do interior requintado e a suspensão ativa que "lê" o chão pela frente e o "copia" através do sistema ADS (Adaptive Damping System) e do sistema de controle dinâmico ajustável em cinco níveis e não muito "intrusivo" segundo a fábrica. Para diminuir a interferência do controle dinâmico é só apertar o botão do sistema por cinco segundos, para "destravar" totalmente o carro e ficar por sua conta e risco, é só segurar por mais cinco segundos.
O Diretor de Desenvolvimento de Produto da Aston Martin, Ian Minards explica: "O novo Virage representa um outro marco para a Aston Martin na classe esportivo GT, combinando o luxo com o desempenho. Nossa equipe de engenharia tem procurado equilibrar os elementos de design contemporâneo, as credenciais de um forte desempenho e fluidez na condução. Focalizamos os principais pontos da performance automotiva e controle (de estabilidade e dinâmica), assim como os intrincados detalhes de conforto, funcionamento e artesanato. "
A lista de equipamentos é enorme como bancos aquecidos (somente na conversível), acabamentos em bambu, piano negro (Black Piano), mogno, "tamo" cinza, além de vidros e espelhos com escurecimento automático, sistema de rastreamento com kit de primeiros socorros e um sofisticadíssimo aparelho de som BeoSound com 100 watts de potência da conceituada Bang & Olufsen.
O coupé é somente dois lugares, se quiser levar mais amigos opte pela versão conversível que leva mais dois anões com bom conforto. Mais alto que isso os passageiros terão um prazeroso sacrifício em se encaixar nas conchas, assim como os bancos dianteiros que são feitos de sete tipos de couros escandinavos, que o fabricante chama de banco traseiro.
O câmbio automático Touchtronic 2 de seis marchas acionado por botões no painel nas posições "P, R, N, e D" e aletas no volante para a troca de marchas. Banco com costura artesanal, cujo acabamento leva 70 horas, o som compatível com MP3 e I-Pod além de conectividade Bluetooth e painel iluminados por LED´s orgânicos, mais econômicos que LED´s comuns além do GPS e sistema de monitoramento de pressão dos pneus.
Detalhes de acabamento do Virage como os faróis que integram LED´s nas luzes auxiliares e faróis Bi-xenon no mesmo corpo, as rodas de 20 polegadas de medidas 8,5 "x 20" calçadas por pneus Pirelli P Zero 245/35 na frente e 11 "x 20" com pneus 295/30 também P Zero na traseira que abrigam os enormes discos de freios em carbono-cerâmica que segundo a marca são suaves em qualquer temperatura.
O motor é um V-12 de 6.0l, 48 válvulas na dianteira, que rende 490 cv a 6.500 rpm com torque máximo de 58 kgm/f a 5.750 rpm. Com ele o carro faz o 0-100 km/h em 4,6 segundos e vai até a máxima de 299 km/h, dados do fabricante. O câmbio Servotronic é montado no transeixo traseiro ligado ao motor por um tubo de torque de fibra de carbono, onde é efetuada a tração através de um diferencial de escorregamento limitado.
A suspensão dianteira é uma dupla A (doble Wishbone) com molas helicoidais com amortecedores adaptativos com sistema anti-merguglho, a traseira é por braços duplos com barra estabilizadora e mola anti-mergulho na traseira. O diâmetro dos discos do freio são 398 milímetros com seis pistões na dianteira e 360 milímetros de diâmetro com quatro na traseira, com ABS, EBA (frenagem de emergência) e ESP (controle de estabilidade).
Voltando ao câmbio Servotronic de seis marchas, além dos botões no painel, o condutor pode mudar as marchas através das aletas de magnésio revestidas com o mesmo couro fino finlandês atrás do volante. Há ainda um botão "sport" caso se queira mais emoção ao dirigir, com mudanças mais rápidas e com corte de giros mais perto do limite de corte do V-12.
Para garantir uma maior rigidez do coupé e do conversível há um sub-chassis traseiro e dois painéis, o tradicional corta-fogo na dianteira e um adicional traseiro. Além de aumentar a rigidez da carroceria, esses painéis também recebem material fonoabsorvente extra para aumentar o silêncio a bordo.
O conversível que recebe bancos aquecidos em dois níveis para enfrentar as manhãs frias e o conforto é garantido pelas 10 posições de ajustes dos bancos. A capota recebe uma camada extra de ThinsulateTM que garante um conforto acústico semelhante ao da versão fechada quando está fechada. E para variar, os sete diferentes couros escandinavos costurados por artesãos durante 70h/carro.

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