sábado, 16 de junho de 2012

Volkswagen apresenta protótipo e-Bulli na Rio+20

A Volkswagen apresenta o protótipo e-Bulli na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorre até o dia 22 de junho. O modelo reinterpreta a forma original compacta da Kombi, mais conhecida pelos alemães como Bulli, remetendo-a ao futuro na forma de um veículo conceitual. O e-Bulli é movido por um motor elétrico e é equipado com seis assentos e controle de recursos de "infotainment" via iPad.
A Kombi da Volkswagen, como nenhum outro veículo, representa o espírito de liberdade. Ela estreou há mais de 60 anos, em 1950, um design extremamente eficiente. O seu codinome interno na Volkswagen era T1, em referência a Transporter 1. Os alemães a chamavam de Bulli, e os americanos, de Microbus, ou Micro-ônibus. Ela rodou em todos os continentes. E a primeira van da Volkswagen ainda é apreciada por uma base de fãs espalhada pelo mundo. Agora, a Volkswagen está reinterpretando a forma original compacta dessa lenda automotiva e remetendo-a ao futuro – na forma de um veículo conceitual para um Bulli da nova geração. Ele é espaçoso e tão inspirador como sempre foi, com linhas enxutas como nunca antes.

Emissão zero – até 300 km com uma carga da bateria

Graças às tecnologias de acionamento altamente avançadas, o e-Bulli é denominado como um 'veículo de emissão zero', pois é movido por eletricidade. O motor elétrico do e-Bulli produz 85 kW de potência e 27,5 kgfm de torque. Como costuma ocorrer com esse tipo de mecanismo de transmissão, as suas forças máximas são geradas desde o estado imóvel. O motor silencioso é alimentado com energia de uma bateria de íon de lítio com capacidade máxima de armazenagem de 40 kWh. Essa eletrizante combinação possibilita uma autonomia de até 300 km – valor alto para um carro elétrico. Quando a bateria do e-Bulli é carregada em uma "estação de reabastecimento elétrico" especialmente projetada para veículos elétricos, o processo de carregamento leva menos de uma hora.
O e-Bulli acelera de 0 a 100 km/h em 11,5 segundos, e a sua velocidade máxima é de 140 km/h (limitada eletronicamente). A sua autonomia e desempenho em movimento não apenas tornam o veículo ideal para curtas distâncias mas também ideal para a maioria das atividades recreativas e de transporte urbano com emissão zero no escapamento.
O conceito também pode incorporar os motores de injeção direta a gasolina e a diesel extremamente eficientes como mecanismos de acionamento alternativos. Motores com 1,0 ou 1,4 litro de deslocamento são eficientes no uso de combustíveis. Ideal para qualquer pessoa que deseje percorrer grandes distâncias com o mínimo de consumo de combustível.

Bulli – a ideia remonta a 64 anos atrás

Sem o importador holandês Ben Pon, o T1 da Volkswagen talvez nem existisse, e é claro tampouco o veículo conceitual e-Bulli apresentado na Rio+20. Isso porque foi Pon que, no dia 23 de abril de 1947, fez uma imagem de esboço de um ônibus compacto no seu bloco de notas. Na verdade, o desenho do holandês era uma simples vista lateral de um ônibus público radicalmente diminuído colocado sobre os eixos de um Fusca com um "m" para "motor" escrito nele. Isso foi tudo. Nascia então a primeira van da Volkswagen. As Os designers da Volkswagen pegaram aquele esboço e criaram o veículos que se tornou um ícone automotivo com o característico "V" na parte frontal.

O protótipo e-Bulli agora segue os passos do veículo original e retoma o conceito de utilização máxima do espaço com o característico "V" com o logotipo da Volkswagen na parte frontal e proporções mais enxutas. No processo, o estilo do veículo conceitual segue as máximas do novo "DNA de design" da Volkswagen. Retrô? Dificilmente. A equipe liderada por Walter de Silva, Chefe de Design do Grupo Volkswagen, e Klaus Bischoff, Chefe de Design da marca Volkswagen, desenvolveram o "DNA de design" para a era moderna com base nos princípios de estilo dos campeões de vendas Fusca, Golf I e T1.

Design – mundo visual de uma obra de arte

A edição elétrica do Bulli tem 3,99 metros de comprimento, 1,75 metro de largura e 1,70 metro de altura. O T1 era um tanto mais comprido e mais alto, porém mais estreito. Com uma distância entre os eixos de 2,62 metros, o e-Bulli utiliza muito bem o seu comprimento geral. Também impressionantes são as larguras de via relativamente amplas do e-Bulli (1,50 m na frente e atrás) com relação à largura da carroçaria.
Parte frontal: Como a versão Samba lançada antes dele, o e-Bulli foi apresentado mundialmente em 2011 no Salão de em Genebra e também possui pintura em dois tons – nesse caso branco e vermelho. O "V" sobre o capô é mantido na cor branca. O capô de fato abriga o motor: em vez de tração nas rodas traseiras com um motor boxer, como na Kombi, o e-Bulli possui um motor elétrico localizado na frente do eixo frontal e tração nas rodas dianteiras. Eis aqui um compacto mecanismo de acionamento cujos principais componentes são um motor elétrico, um inversor de frequência de alta tensão e um conversor para o sistema elétrico de 12 volts.
Acompanhando o DNA de design da Volkswagen, há um layout horizontal dos faróis duplos estreitos com luzes diurnas de LED em forma de "L" e indicadores de mudança de direção implementados como LEDs arranjados na forma de um "L" invertido em cada canto externo. Não surpreende que os LEDs não apenas possuem uma tremenda potência luminosa e longa vida útil; devido ao seu baixo consumo de energia eles são ideais para o e-Bulli. Localizado entre os faróis está, como sempre, o logotipo da Volkswagen. No mesmo nível abaixo, encontra-se – mais uma vez arranjados em uma linha horizontal – as entradas de ar para o compartimento de passageiros e para resfriar a bateria ou para resfriar os mecanismos de acionamento convencionais alternativos.
Finalmente, o para-choque que é suavemente integrado à parte frontal completa o design. Lateralmente, ele apresenta uma grande "luz de neblina" redonda em cada lado, uma outra entrada de ar no meio, e um spoiler frontal na cor preta em baixo. Essa linha combina com as linhas das soleiras laterais.
Perfil lateral: A pintura em dois tons do e-Bulli também distingue as laterais. Toda a área acima do que é conhecido como a linha de cintura é tratada em branco. Surge das alas uma listra branca que corre até as distintivas colunas traseiras; acima deles, toda a seção do teto é pintada nessa cor. A linha de janelas contínuas cria um contraste especialmente admirável entre as seções na cor branca. Aqui, as colunas pretas visualmente esguias executadas no estilo do conceito do Micro-ônibus de 2001 são visualmente admiráveis. Os compartimentos dos espelhos colocados nas portas e que se projetam a partir da linha das janelas são pintados de vermelho.
Abaixo da linha de cintura fica a área vermelha da carroçaria. Elementos de design tais como os distintivos compartimentos das rodas, a modulação adicional das formas nas superfícies das portas acima das soleiras laterais e os faróis que envolvem as laterais sem quase deixar marcas são detalhes que não teriam sido possíveis fabricar com essa forma e precisão em um T1. Oculto no piso atrás das soleiras fica a bateria de íon de lítio do e-Bulli. As maçanetas brancas das portas são práticas, abrindo na direção do arrasto. As rodas de liga-leve de 18 polegadas são especialmente atraentes. Na sua área central há uma área cromada estilizada – um outro tributo ao veículo de muitos anos atrás. Mais curtos do que nunca antes são as saliências na frente e atrás.
Seção traseira: O DNA de design da Volkswagen com suas linhas horizontais também domina a traseira do e-Bulli. Vista de baixo para cima, em cima do para-choque na mesma cor da carroçaria (incluindo o difusor estilizado na cor preta) há a porta traseira que se estende por toda a largura do veículo. Na porta traseira, as estreitas luzes de LEDs perpetuam um tema do conceito do Micro-ônibus de 2001. No centro, porém menor do que na parte frontal: o símbolo da Volkswagen. Quando todos os seis assentos estão erguidos, há um bagageiro com capacidade para 370 litros atrás do assento traseiro.

Espaço interno – mescla de carro e iPad

Como o design da carroçaria, o interior também é marcado por um nível de claridade cuja aplicação consistente só pode ser encontrada em um Volkswagen. O compartimento dos passageiros – imerso em luz durante o dia graças ao seu teto solar panorâmico – também traz algumas surpresas.
Um realce prático: como o T1 no passado, graças ao seu piso nivelado o e-Bulli também é equipado com uma única fileira de bancos na frente. A van também oferece espaço para três pessoas na parte de trás.
"Infotainment": um iPad removível no console central serve de tela sensível ao toque multifuncional. Juntamente com as aplicações para iPad baseadas na Internet e a central multimídia, o tablet também cuida do controle de funções tais como telefone com Bluetooth e sistema de navegação. Integrados exatamente na base do iPad há controles para o ar-condicionado e o interruptor de luzes intermitentes localizado na parte central.
Típico da Volkswagen: todos os detalhes da cabine são claramente organizados e projetados para serem intuitivos. Correndo lateralmente por todo interior há uma linha com saídas de ar. Em frente ao motorista, há um velocímetro na forma de um semicírculo. Um painel colorido multifuncional, também na forma semicircular, pode ser usado para visualizar e controlar (por meio de teclas multifuncionais localizadas no guidão e acima dele) o sistema de navegação, o telefone, o computador de bordo e a central multimídia – toda a unidade com velocímetro e painel multifuncional também se comunica com o iPad.
A palavra-chave aqui é som: um sistema produzido pela lendária fabricante de guitarras e amplificadores, a Fender (EUA), garante que a música soe como se estivesse sendo executada ao vivo.
O que não há no e-Bulli é um conta-giros (desnecessário com um motor elétrico) ou uma caixa de câmbio ou alavanca de trocas de marchas convencionais (também desnecessários com um motor elétrico). A alavanca de transmissão é substituída por um seletor rotativo à direita do motorista, que é usado para ativar as marchas à frente e ré. Um botão no mesmo seletor é usado para ligar e desligar o motor. Um outro seletor rotativo à esquerda do motorista é usado para controlar as funções das luzes.

Os assentos se tornam superfícies reclináveis em um instante

Assentos das portas podem ser dobrados (divisão em 2/3); a fileira de assentos traseira, enquanto isso, pode ser completamente recolhida. Quando a fileira de bancos traseira é recolhida, a capacidade de carga aumenta para 1.600 litros. Além disso – e aqui o e-Bulli lembra o seu lendário antecessor – o sistema de assentos pode ser transformado em uma grande superfície reclinável com apenas alguns poucos movimentos manuais. Isso transforma o MPV em um companheiro perfeito para uma viagem de fim se semana.
Por último, tão importante para muitos usuários, porém, é que o sistema de assentos deve não apenas ser versátil, mas também oferecer o máximo conforto. A posição dos assentos é confortavelmente alta e igualmente relaxante. Como benefício extra, ela também oferece uma vista ótima na frente. Isso também era assim no T1. O que contribui para o conforto mental a bordo dos veículos de hoje é o fato de que o e-Bulli da nova era é equipado com todos os recursos de segurança concebíveis. E essa é a diferença crucial: o carro tem sido essencialmente reinventado desde os dias do primeiro T1, também conhecido como e-Bulli, também conhecido como Microbus.

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