No primeiro trimestre do ano de 2010, o Brasil apresentou a elevação de 3,8% no valor da importação, segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC). Este índice reflete o aquecimento da economia brasileira, bem como a oportunidade para crescimento das empresas, com o aumento no leque ou tipo de produtos ofertados.
Mesmo com estes números, ainda há um resquício de preconceito na hora de adquirir alguns produtos que vem de fora, em especial da China. Vivemos sob a égide de que tudo que é produzido lá não tem qualidade comprovada. E hoje é impossível de assegurar que ao adquirirmos um bem de consumo durável, como os eletroeletrônicos e eletrodomésticos, nele não terá pelo menos um componente necessário à produção deste bem que seja manufaturado lá.
Em 2005 eram 12 empresas que compravam em produtos mais de US$ 50 milhões da China; em 2009 o número chegou a 41. Estas organizações trazem o que muitas pessoas querem adquirir: a tecnologia em eletrônicos e outros insumos.
Faça a prova, observe os manuais das máquinas digitais, dos celulares, dos laptops, produtos natalinos e outros equipamentos eletrônicos de marcas caras e de grandes fabricantes. Verifique que, em grande parte, sempre terá os dizeres: “Made in China”. E mesmo assim ele foi adquirido e será colocado em uso na sua casa e na sua empresa. O que nos leva a crer que atualmente não vivemos sem os componentes ou produtos chineses. E nos mostra que os limites da cadeia de produção inexistem.
A fabricação de produtos em território asiático oriental não se restringe em eletrônicos, sendo eles verdadeiros ou falsificados. Há carros de grandes montadoras, como Ford, Audi e BMW que são manufaturados também na China. É considerada a maior fabricante de veículos do mundo, ultrapassando o Japão, a Alemanha, Coréia e os Estados Unidos. É notório que se produz de tudo para o mundo, mas há a necessidade da melhoria nas práticas trabalhistas que ainda influenciam negativamente na imagem deste mega produtor.
Alguns insumos necessários à construção civil também são importados, vemos os metais sanitários, os materiais hidráulicos, as luminárias e os mecanismos para automatização de persiana, dentre outros.
A presença de tantos produtos mostra-nos que os limites da produção de uma cadeia inexistem e, por hora, devem diminuir os preconceitos e ainda recuar os valores de tributos pagos ao governo.
A qualidade, que muitos buscam está além do made in. Caso tivéssemos que mensurá-la sob este selo, não iríamos adquirir mais nada e não somente no Brasil, como em outras partes do mundo.
O que cada consumidor deve observar, tanto o final como o responsável pela importação, é a pirataria, que nada mais é que uma concorrência desleal e ruinosa para as empresas que investem em tecnologia e mão de obra qualificada. Organizações leais e que investem em métodos de importação verdadeiros, em testes e estudos que garantem a segurança do produto que é comercializado, pois a China é um grande mercado de diversidades para o mundo.
(Artur Rezende Fernandes é administrador de empresas e diretor de planejamento da EMTECO, empresa especializada em motores para automatização de persianas)
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