O mercado mundial de baterias de íon de lítio para veículos elétricos deverá movimentar mais de US$ 9 bilhões até 2015, segundo estudo da Roland Berger, uma das principais empresas de consultoria em gestão empresarial do mundo. E o Brasil deve alcançar a marca de 1 milhão de veículos elétricos em 2025, o que pode ser acelerado caso o governo defina políticas de incentivo, como isenção de IPI e IPVA para carros híbridos e elétricos.
O segmento de veículos leves (automóveis e veículos comerciais leves) será responsável por mais de 85% do mercado total dos sistemas de baterias de íon de lítio até 2015. A estimativa é que, entre 2012 e 2015, 4 milhões de veículos com sistemas de drive elétricos, híbridos ou plug-in (xEVs) sairão das linhas de produção a cada ano.
Atualmente, mais de uma centena de empresas em todo o mundo atuam no segmento de baterias de íon de lítio para automóveis. Contudo, a capacidade de produção nesse mercado deverá ser duas vezes maior do que a demanda até 2015. “Alguns dos produtores de baterias têm planos de expansão excessivamente grandes. As ramificações já estão sendo sentidas e os fornecedores começaram a reduzir suas previsões”, afirma Stephan Keese, sócio-diretor da Roland Berger Strategy Consultants e especialista no setor automotivo.
Com esse movimento, cinco empresas vão dominar o mercado de baterias até 2015: AESC (20%), LG Chem (15%), Panasonic/Sanyo (13%), A123 (11%) e SB LiMotive (9%). No entanto, a previsão é que, entre 2016 e 2017, uma ou duas companhias entrem no ranking das principais empresas, que passarão a controlar, juntas, 80% a 90% do mercado. Este cenário será impulsionado pelo lançamento de veículos e pelo uso de novos compostos que prometem maior densidade de energia pelo mesmo preço.
O levantamento destaca ainda uma concorrência crescente da China no mercado de baterias. Os fabricantes chineses vão controlar cerca de 8% do mercado mundial até 2015 e o país se tornará o maior mercado no segmento até 2020, o que representa para os produtores internacionais de baterias uma oportunidade e um desafio.
Apesar da maioria dos veículos híbridos produzidos até 2015 serem equipados com baterias híbridas de níquel-metal, o estudo revela um constante aumento no uso da tecnologia de íon de lítio. “Começamos a observar alguns sinais do uso das baterias de íon de lítio em sistemas start-stop, o que não garantirá uma grande fatia do mercado até 2015, mas demonstra que veremos microveículos híbridos com baterias desse tipo chegando ao mercado nos próximos anos”, completa Keese.
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