Apesar de não ter crescido em 2009, o setor de blindagem automotiva se manteve aquecido no país, de acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). No ano passado, foram blindados 6.926 veículos – apenas 56 a menos em relação a 2008, quando 6.982 carros receberam esse tipo de proteção. No final de 2009 a frota estimada no país era de mais de 92 mil blindados.
“O levantamento nos mostrou que o medo da violência urbana continua grande. No primeiro semestre de 2009, quando o país ainda enfrentava resquícios da crise econômica mundial, houve queda na produção da blindagem. No segundo semestre, porém, assim que a economia deu sinais de que a crise chegara ao fim, as pessoas voltaram a procurar esse tipo de proteção”, explica Christian Conde, presidente da Abrablin. A pesquisa mostra que nos primeiros seis meses do ano, foram blindados 3.147 veículos. Já nos seis meses finais a produção saltou para 3.779 automóveis.
Para 2010, a entidade prevê a retomada do crescimento do setor. “Ainda não é possível dimensionar, mas acreditamos que a blindagem automotiva crescerá impulsionada, entre outros fatores, pela descentralização desse tipo de proteção, antes existente quase que na totalidade no eixo Rio - São Paulo. O aumento da violência nas demais capitais do país fez com que a blindagem se expandisse”, afirma Conde.
Em 2009, São Paulo seguiu na liderança do ranking dos estados com maior incidência de blindagem, com 65%. Rio de Janeiro vem em segundo lugar, com 20%, seguido por Pernambuco e Minas Gerais, com 5% e 3%, respectivamente. Pará e Espírito Santo, ambos com 1,5%, Mato Grosso (1,1%) e Paraná (1%) também compõem a lista do levantamento realizado pela Abrablin. Com menos de 1% aparecem Ceará, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Goiás e Rio Grande do Norte.
A pesquisa da entidade também revela o perfil do usuário de blindagem em 2009. Grande parte (67,5%) é formada pelo sexo masculino. Desse universo, a maioria (22%) está na faixa etária que vai de 40 a 49 anos. O mesmo ocorre com relação às mulheres usuárias da proteção balística. A maior parcela (30%) também está na faixa de 40 a 49 anos. Do universo total dos usuários, 71% são executivos/empresários; 4%, artistas/cantores; 4%, políticos; 5%, juízes; outras ocupações (16%) completam o perfil.
Entre os carros mais blindados, de acordo com a Abrablin, o Corolla, da Toyota, foi o campeão – o que acontece desde 2004. O segundo mais blindado foi a Captiva, modelo da General Motors. A Freelander, da Landrover, e a Hillux, da Toyota, ocupam o terceiro e quarto lugares, respectivamente.
A pesquisa foi feita com a participação de 26 blindadoras filiadas à entidade, que representam 75% da produção total de veículos blindados no Brasil. (fonte: Associação Brasileira de Blindagem – Abrablin)
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