segunda-feira, 31 de maio de 2010

Proteção do air bag depende de uso correto do cinto de segurança

A crença de que veículos dotados de sistema air bag dispensam o uso do cinto de segurança é completamente equivocada e de alto risco. Por isso, o CESVI BRASIL (Centro de Experimentação e Segurança Viária) alerta que o air bag é um sistema de proteção complementar ao cinto de segurança, sendo este o mais importante equipamento de segurança. A eficiência do air bag está diretamente relacionada ao uso correto do cinto de segurança, pois foi projetado para ser acionado nas situações em que somente o cinto de segurança não seja suficiente para garantir a devida proteção, na tentativa de se evitar as lesões graves ou fatais. “O cinto de segurança proporciona um alto índice de proteção, porém dependendo da intensidade da colisão, existem casos em que o peito do motorista ou do passageiro pode tocar o volante ou o painel de instrumentos. Nessas situações é que o air bag atua, minimizando ainda mais os riscos de lesões graves e/ou fatais. Além de segurar o corpo dos ocupantes para dar tempo que a bolsa do air bag infle totalmente, o cinto de segurança garante a trajetória dos mesmos em direção à bolsa”, explica Marcus Romaro, gerente técnico do CESVI BRASIL. O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) estabeleceu, na resolução 311, a obrigatoriedade do dispositivo de retenção suplementar (air bag) na posição frontal para o motorista e o passageiro, nos veículos de transporte de passageiros com até nove lugares (incluindo o motorista) e para veículos de transporte de cargas que tenham uma massa máxima não superior a 3,5 toneladas. A implantação da medida é gradativa e teve início em janeiro de 2010. A partir de 2014, toda a frota de automóveis deverá sair de fábrica com o equipamento. O estudo ‘Potencial de efetividade do air bag’, realizado pelo CESVI em 2008, já chamava atenção para os benefícios do dispositivo. As conclusões do estudo apontaram que, no Brasil, considerando-se apenas os condutores de automóveis e caminhonetas, o potencial do air bag poderia contribuir para manter a vida de aproximadamente 490 pessoas (1,4% dos 35 mil que morrem por ano) que hoje morrem no trânsito, ou evitar ferimentos em mais de 10 mil pessoas, em média, proporcionando um impacto econômico positivo de cerca de 315 milhões de reais por ano. O centro de pesquisa ainda estima que seria possível reduzir 1.600 mortes por ano, se a taxa de adesão do cinto de segurança aumentasse em 10%.

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