segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Fotógrafo e motociclista José Albano lança na Bienal do Livro em SP o Manual do Viajante Solitário

“Tudo começou em 1983 com um desses telefonemas chatos de telemarketing, um cara tentando me vender um consórcio de automóvel. (...) eu resolvi encerrar o papo dizendo que, na verdade, eu já estava farto de carros e, se fosse comprar um veículo novo, seria uma moto. (...) O engraçado é que eu tinha falado aquilo pro vendedor só pra cortar o papo pois, na verdade, eu detestava motos!” A semente plantada há 27 anos na cabeça de José Albano, um dos maiores nomes da fotografia no Ceará, deu frutos. No ano seguinte comprou uma Honda 125cc, com a qual viaja até hoje pelas estradas do País. O mais novo fruto daquela conversa de telemarketing é MANUAL DO VIAJANTE SOLITÁRIO (Terra da Luz Editorial, 2010. 112p), patrocinado pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB), por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O lançamento acontece no dia 14 de agosto (domingo), às 18 horas, no estande da Livraria SARAIVA, na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. E no Dia Mundial da Fotografia (próximo dia 19, quinta-feira), às 19h, o livro será lançado em Fortaleza, no Centro Cultural Banco do Nordeste. O autor procura desmistificar as viagens de moto, o perigo que a ela é atribuída e, assim, reduzir o medo e a ansiedade ligada ao uso da moto nas estradas. “É mais perigoso usar a motocicleta na cidade do que na estrada”, comenta. “Quero dar a boa notícia de como tenho me dado bem com o meu estilo despojado de viajar”, diz o autor no prefácio intitulado “Moto de viagem?”. Outro mito que José Albano põe na mesa é a moto ideal. “A melhor moto para viajar é a pequena, a comum, pois ela é mais barata, mais econômica, mais leve e tem mecânico e peça em qualquer lugar”, justifica. “E tem outra vantagem, a moto pequena corre pouco, então é menos perigosa”, continua. MANUAL DO VIAJANTE SOLITÁRIO não é uma narrativa de viagens. O autor não visa contar nada, mas dar dicas para motoqueiros e, para isso, cita fatos que aconteceram em mais de 20 anos nas estradas sobre duas rodas. É um manual prático, onde instiga o motociclista a viajar. O livro é dividido em capítulos que proporcionam uma espécie de diálogo com o leitor. São questões, como “Por que uma 125cc?”, “E as viagens?”, “E o desconforto?”, “E o medo?”, “E a manutenção?”, “E os perigos?”, entre outras perguntas que levam o leitor às linhas seguintes, para saber as resposta de José Albano, que são apresentadas em uma linguagem coloquial, como uma boa conversa entre motociclistas.

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