segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

IFR Aspid: O Seven catalão

A IFR, empresa catalã baseada em Barcelona apresentou em 2008 o seu Aspid cujo conceito foi baseado no lendário e espartano Lotus Seven. Fabricado atualmente pela Catherham, antigo concessionário Lotus, a atual versão ganha motores "de Monza", passando por motores V8 e até o propulsor da lendária Hayabusa são usados tamanha leveza do carro.
Nesse Seven catalão há um pouco mais de conforto e sofisticação, inimagináveis para o original, como o quadro de instrumentos situado no meio do volante que é na verdade um diplay sensível ao toque em que o motorista pode controlar alguns parâmetros do veículo, como o nível de interferência em auxiliares eletrônicos como ABS e ESP, nível de potência, balanço dos freios dentre outros. A suspensão é semelhante à usada na F1, com amortecedores inboard que garante uma aceleração lateral de 1,6 g.
Outra particularidade da IRF em relação ao Aspid, que além da fabricação artesanal que se situa entre 40 e 50 carros ao ano, é o pós venda. Um carro revisado nas instalações da empresa ganha um ano de garantia, e a empresa o recompra para revendê-lo para quem não puder pagar um novo, mas com a mesma garantia de zero quilômetro.
O interior é espartano, mas sem deixar de ter as amenidades de um carro europeu, como o console central que abriga o multimídia e o GPS e a inusitada tela tátil que serve de quadro de instrumentos e para acertar parâmetros do chassi, motor e freios do carro. As portas tesouras se abrem com parte do teto para facilitar o acesso à apertada cabine. Ligeirinho: faz de 0-160 km/h em 5,9 segundos, de 0-100 em 2,9 segundos e pára dos 100 km/h para a imobilidade em 3,1 segundos. Tudo isso graças a um motor 2.0 turbo com 400 cv e só 740 quilos de peso, o que dá 1,85 km para cada cavalo, que em um carro popular fica em 12 quilos por cavalo na relação peso-potência.
Todo esse desempenho vem com um consumo pra lá de comedido graças ao peso pena e também à caixa manual de seis marchas, faz até 21 km/h e as emissões ficam em torno de 197 g/km rodado. Os preços são de 79 mil euros para a versão aspirada e 103 mil euros para a versão turbo, sem contar impostos e taxas.

3 comentários:

  1. Caros, esse post era para ter saído sábado mas problemas "internéticos" impediram a publicação. Me desculpem o atraso.

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  2. Interessante, mas sinceramente essas tentativas de modernizar o desenho do Lotus Seven não me agradam tanto. Apesar disso, parece ter um ótimo conjunto mecânico.

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  3. Caro Kamikase,

    Se você der uma pesquisada descobrirá que praticamente todos os esportivos tem alguma coisa em comum com bólidos antigos. O Seven é a configuração mais simples que se tem para se construir um carro extremamente leve. O que os catalões da IFR fizeram foi economizar uma boa grana que seria desperdiçada ao desenvolver um carro com alguma configuração exótica, como o Cizetta que tem dois V6 transversais em cima do eixo traseiro por exemplo. Desenvolver um carro pra lá de exótico exige muita grana e o retorno nem sempre é garantido, apesar de que quando eramos crianças, ficarmos babando nas fotos e informações divulgadas em revistas especializadas. Grato por comentar.

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