quinta-feira, 28 de julho de 2011

Custos pesam para os proprietários de novos veículos no Brasil, especialmente nos segmentos de compactos e subcompactos

Entre os proprietários de veículos no Brasil, os custos que envolvem a propriedade do automóvel representam o principal fator de insatisfação, sobretudo para donos de veículos de menor tamanho – os carros subcompactos e compactos - de acordo com o estudo sobre a satisfação dos proprietários de veículos no Brasil, o “2011 Brasil Vehicle Ownership Satisfaction StudySM – VOSS”, realizado em 2011 pela J.D. Power do Brasil e divulgado hoje.
O estudo inaugural apresenta as avaliações dos proprietários em relação aos seus veículos e concessionárias, em quatro métricas de satisfação que, em ordem de importância, são: custo de propriedade (31%), incluindo o consumo de combustível, o valor do seguro e o custo de manutenção/ reparos; apelo do veículo (28%), que inclui desempenho, design, conforto e recursos; experiência com o serviço prestado pela concessionária (23%); bem como a qualidade e confiabilidade do veículo (17%). O índice de satisfação geral dos proprietários é expresso por meio de uma pontuação, em uma escala de 1.000 pontos, na qual a pontuação maior indica maior satisfação.
Em 2011, o índice de satisfação geral foi, em média, de 743 pontos, com os proprietários de veículos indicando maior satisfação com a qualidade e confiabilidade de seus veículos (780, em média) e menor satisfação em relação ao custo de propriedade (698). A satisfação com o custo de propriedade, entre os proprietários de modelos subcompactos e compactos, é o menor entre todos os segmentos de veículos examinados no estudo, obtendo média de 682 e 693 pontos, respectivamente. Em comparação, o índice médio de satisfação com o custo de propriedade nos segmentos de veículos de maior porte varia entre 713 e 747.
Uma proporção proprietários de veículos subcompactos e compactos indica que gastou mais do que esperava com os serviços realizados no veículo. Cerca de 20% dos proprietários de subcompactos e compactos declaram que os gastos com os serviços foram “muito maiores” do que o esperado e, neste sentido, a insatisfação com o custo dos serviços e do seguro foi acentuada.
“Os proprietários dos modelos subcompactos e compactos estão gastando uma proporção muito maior de seus rendimentos com todos os custos associados aos seus veículos - incluindo o custo do combustível, dos reparos e da manutenção - em comparação com os proprietários de veículos de maior porte”, informa Jon Sederstrom, diretor geral da J.D. Power do Brasil. “Coletivamente, os proprietários de carros subcompactos e compactos representam 61% do mercado brasileiro. Para as montadoras, a administração eficaz das expectativas destes proprietários será fundamental para elevar o índice de satisfação em todo o mercado”.
De acordo com a J.D. Power, o mercado brasileiro de carros novos deve continuar crescendo rapidamente nos próximos anos. As vendas de veículos leves estão previstas para atingirem aproximadamente 3,53 milhões de unidades em 2011, em comparação às vendas de 2,72 milhões de unidades em 2008 - representando uma taxa média de crescimento anual de 9%, nos últimos três anos. Em 2010, as vendas de novos veículos no Brasil ultrapassaram as da Alemanha, posicionando o País como o quarto maior mercado de veículos novos do mundo, apenas atrás da China, Estados Unidos e Japão. Até 2015, a venda de novos veículos leves deverá exceder a marca de 5 milhões de unidades e, para 2018, a previsão é atingir 6 milhões de unidades.
Este rápido crescimento está atraindo marcas da Ásia que investem agressivamente na capacidade de produção local e em redes de concessionárias, visando capitalizar o potencial do mercado brasileiro. Por este motivo, há uma mudança no cenário concorrencial, uma vez que os consumidores contam com um número maior e inédito de opções à sua escolha.
“Os proprietários de veículos no Brasil têm, atualmente, uma seleção de opções sem precedente e esta nova realidade representa tanto uma oportunidade como uma ameaça às montadoras já estabelecidas”, diz Sederstrom. “Prestar atenção às necessidades dos compradores de novos veículos e consistentemente atender estas expectativas, durante todo o período de propriedade, é uma pré-condição para fidelizar o cliente e maximizar a probabilidade de que estes proprietários recomendem os veículos adquiridos e a concessionária a seus familiares, amigos e colegas de trabalho”.
Segundo o estudo, os proprietários de veículos no Brasil que avaliaram a sua experiência geral como altamente satisfatória (notas 9 ou 10, em uma escala de 10 pontos), são muito mais propensos (mais de 2,5 vezes) a afirmarem que comprarão um veículo da mesma marca novamente, em comparação aos proprietários menos satisfeitos (notas iguais a 7 ou 8).
O “2011 Brasil Vehicle Ownership Satisfaction Study” classificou o índice de satisfação para os modelos de veículos em função do segmento, assim como as marcas automotivas em geral. A Volkswagen obteve a maior classificação em dois segmentos, para o Gol G5 (modelo subcompacto) e para o CrossFox (compacto). O Honda Civic (veículo de tamanho médio) também recebeu o prêmio do segmento em questão.
A Toyota é a marca com a melhor classificação geral em relação à satisfação com os veículos entre as marcas avaliadas, com pontuação geral de 821, além de apresentar desempenho particularmente positivo em todas as quatro principais métricas de avaliação. Na seqüência da Toyota, na classificação das marcas, está a Honda (806 pontos) e a Citroën (768 pontos).
O estudo se baseia nas avaliações de aproximadamente 5.000 entrevistas online, realizadas com proprietários de veículos no Brasil, após média de dois anos de propriedade dos veículos novos. O estudo foi realizado durante o mês de maio de 2011.

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