quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Expedição com Fiat Palio Weekend elétrico supera os 20 mil km percorridos

Apesar do tremendo sufoco para vencermos a burocracia nas aduanas do México, Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua e Costa Rica, cruzamos todos estes países conforme o planejado e o Palio elétrico teve um desempenho expetacular, sem apresentar nenhum problema ou defeito, apesar de encarar incontáveis trechos de estrada em péssimo estado. Mas todos os entraves até então vivenciados foram fichinha, comparados ao confuso e caro exercício de despachar, de navio, os veículos do Panamá, último país centro-Americano do roteiro. Do início das negociações até o navio finalmente zarpar para a Colômbia perdemos 40 dias. O premio para tal desgaste foi desembarcarmos, finalmente, na América do Sul. Estávamos mais perto de casa e tudo prometia mudar, e mudou, para melhor.
O Palio elétrico e o motorhome chegaram na belíssima Cartagena de Índias. O trailer de apoio jogou a toalha e foi repatriado para os EUA, do Panamá mesmo. Simplesmente não aguentou as estradas latino-americanas. Estava litearlmente por se desmanchar.
Já os trâmites de desembaraço em Cartagena foram tranquilos. Deixamos imediatamente o úmido calor caribenho para trás, seguindo para o sul, com destino a Medellín. As íngrimes e sinuosas estradas da cordilheira colombiana foram um tremendo desafio para o Palio elétrico. Tanto que registramos a maior e a menor autonomia por carga de toda a viagem, respectivamente 143 e 58 km. De Cartagena até a fronteira com o Equador percorremos 1.618km, superados sem qualquer incidente.

Metade do mundo

Elegemos Quito, primeira cidade tombada pela Unesco como patrimônio da humanidade, em 1978, para uma pausa. Cruzamos a Colômbia sem descansos e nos demos conta de que jamais recuperaríamos o tempo perdido no Panamá. De qualquer forma, um grande alento estava por vir. Ao passarmos para o hemisfério sul, logo rodaríamos sobre as longas e infinitas retas peruanas e chilenas, em meio a fantásticos desertos. Mas o Equador não nos deixou cruzá-lo tão facilmente. A exemplo da Colômbia, trechos intrincados, muito íngrimes, que nos levaram a superar os 5.400m de altitude e muito frio.
A receptividade na aduana peruana foi excelente (assim como no Equador e na Colômbia). Além de trâmites incomparavelmente mais ágeis, tudo sem custos, ao contrário da América Central. E foi um verdadeiro prazer deslizar sobre os mais de 2.500 km de negro tapete asfáltico peruano.

Rumo leste

O plano original previa nossa partida de Los Angeles em novembro de 2010. Porém, com todos os entraves que ocorreram até que o Palio, finalmente, chegasse aos EUA, zarpamos somente em abril de 2011. Isto nos forçou a mudar o roteiro. Inicialmente, chegaríamos à Patagônia no verão. Durante o inverno, só veículos 4X4 conseguem chegar lá. Neste ano, muitas estradas estão fechadas no sul do continente por neve.
Já no Chile, na região de Antofagasta, desviamos para San Pedro de Atacama, cidade próxima à fronteira argentina. Soubemos que o paso de Jama, apesar do intenso frio, estava abrindo quase todas as manhãs e, realmente, conseguimos cruzá-lo no terceiro dia. Ao chegarmos no topo da cordilheira, havia muita neve e a temperatura estava em 17 gráus celsius... negativos! Passamos por San Salvador de Jujuy, Salta e, de lá, pegamos a Ruta 16, que nos levou até as proximidades do Paraguai. Ao cruzarmos a fronteira do 14o país da viagem, bastaram os 40 km até a capital Assuncão, onde o Palio completou seus 20 mil km incólume. Apenas 330 km nos separavam agora do Brasil.
Adentramos na usina hidrelétrica de Itaipu dia 17 de agosto, aos 20.390 km, para celebrar uma pré-chegada. Como o objetivo é o de percorrer 25 mil km com o Palio elétrico, o desafio continua. Agora pelas temíveis e mal-cuidadas estradas brasileiras.

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