quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Hilux que realiza a Expedição Pantanal é batizada de “EXPedita”

Na terceira etapa da Expedição Pantanal, finalizada no início de setembro, aconteceu o inusitado “batismo” da Hilux, que percorre a região mapeando as melhores práticas em diversas áreas. Após muitas perguntas realizadas pelos pantaneiros sobre o nome da picape, considerada o quinto elemento do grupo composto por quatro pessoas, os expedicionários passaram a chamá-la de EXPedita.
A EXPedita é uma Hilux 4x4 SRV, que combina performance, agilidade e resistência. Graças a sua capacidade off-road, a picape vem enfrentando todos os tipos de terrenos, desde estradas de terra com relevos acidentados quanto locais alagados, devido às cheias do Pantanal.
A bordo da EXPedita, a rota passou pela Prefeitura de Aquidauana; Sindicato Rural, Prefeitura e Câmara Municipal de Anastácio; Escola Pantaneira; Associação de Mulheres que trabalham com o couro de peixe, Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) e Prefeitura de Coxim; Viveiro de Mudas Nativas de São Gabriel do Oeste; Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Taquari (Cointa); Espeto Pantaneiro, projeto de artesanato que trabalha com ossos de gado, avestruz e carneiro; além de diversas fazendas.
Dentre os achados desta etapa, o Viveiro de Mudas Nativas de São Gabriel chamou a atenção da equipe por ser referência em toda região no cultivo de mudas de frutos nativos do cerrado e do Pantanal, com o objetivo de reflorestar boa parte do que já foi degradado destes biomas. A instituição conta com o apoio da Prefeitura Municipal e replica o trabalho em outras áreas do estado.
Já na Associação de Mulheres que trabalham com artesanato de couro de peixe, o projeto observou que inicialmente a organização era realizada por ONGs, com apoio do SEBRAE para capacitação em gerenciamento financeiro, associativismo e empoderamento das participantes. Hoje, a associação, composta por 25 mulheres, já trabalha de forma mais independente e com bons resultados, transformando o couro de peixe em bolsas, agendas, pulseiras, brincos, entre outros produtos.
Ainda na terceira rota, a equipe da Expedição Pantanal também se surpreendeu com a Escola Pantaneira e o Cointa. A primeira, por promover a inclusão digital, sem deixar de lado o tradicional conhecimento do campo dos pantaneiros e o segundo, pela articulação política ambiental realizada com as pequenas ONGs da região norte do Mato Grosso do Sul para preservação dos rios Coxim e Taquari.
Para Fábio Pellegrini, jornalista da Expedição Pantanal, o projeto é uma experiência riquíssima. “Percorrer estas belas paragens e conhecer pessoas simples e simultaneamente brilhantes, seja pela forma de enxergar a vida ou pelo modo de sobrevivência, que preza pelo respeito ao meio ambiente, nos faz enxergar melhor o mundo em que vivemos e quão fantástico ele é”, afirma.
A quarta rota da Expedição Pantanal começou na última segunda-feira, 12, e será finalizada em 16 de setembro. Nesta fase, a equipe do projeto irá percorrer os municípios de Bodoquena, Bonito e Niaque, com visitas programadas ao Parque Nacional da Bodoquema, Secretaria de Turismo de Bonito, Instituto das Águas da Serra de Bodoquena (IASB), Centro de produção, pesquisa e capacitação do Cerrado (Ceppec), entre outras propriedades e instituições.

Projeto Expedição Pantanal

O Projeto Expedição Pantanal, criado pelo Instituto SOS Pantanal com patrocínio da Fundação Toyota do Brasil, percorrerá o Pantanal até dezembro de 2011 mapeando as melhores práticas nas áreas de educação, saúde, turismo, meio ambiente e economia. O grupo contará ainda com a presença de chefes de cozinha, que terão a missão de estudar e documentar a culinária local.
A coleta de dados realizada ao longo da viagem orientará estratégias para a proteção do Pantanal e o diagnóstico de problemas socioambientais, que resultarão na elaboração de um guia de práticas sustentáveis, um documentário e um livro fotográfico sobre a região.

Primeira iniciativa na região

O Projeto Arara Azul foi a primeira ação patrocinada pela Fundação Toyota do Brasil no Pantanal Sul Mato-Grossense. A ação recebe o apoio da instituição desde 2009, embora já conte com a ajuda da Toyota desde a sua criação, em 1990. A iniciativa visa a proteção das araras azuis, aves ameaçadas de extinção nativas daquela região.
No total, são monitoradas aproximadamente 3 mil aves, que vivem em 364 ninhos espalhados por 47 fazendas pantaneiras. O apoio logístico para o monitoramento dos ninhos do projeto é feito com picapes Hilux, com tração 4X4, que permitem a locomoção da equipe de biólogos entre as regiões de preservação, onde as estradas são, em sua maioria, não pavimentadas.

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