sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Morte no trânsito aumenta em quase 50% no carnaval

No último ano, os acidentes de trânsito durante o carnaval causaram a morte de 695 pessoas, conforme apontam as estatísticas do Seguro DPVAT, que indeniza vítimas de acidentes de trânsito. O levantamento revela que, comparado aos demais dias do ano, o número de óbitos nas ruas e estradas brasileiras durante os dias de carnaval é 49% maior. Em 2011, houve 28.349 casos de morte indenizados por acidentes de trânsito, ou seja, uma média diária de 77 mortes por dia. Já em seis dias de carnaval, considerando também a sexta-feira anterior, quando o tráfego aumenta devido às viagens, a média de ocorrências indenizadas saltou para 116 óbitos por dia. O levantamento é da Seguradora Líder DPVAT, administradora do seguro DPVAT.
O Nordeste, onde se concentram as principais festas do país, foi a região com maior número de óbitos no carnaval, sendo registradas 240 mortes. O Nordeste superou inclusive o Sudeste, região mais populosa do país, que registrou 216 óbitos no período.
Dos óbitos registrados durante o carnaval, 81% das pessoas eram do sexo masculino, em geral, o próprio motorista do veículo. Para o diretor-presidente da Seguradora Líder DPVAT, os motoristas devem redobrar a atenção nos dias de carnaval. “O motorista sempre deve estar atento, praticar uma direção defensiva. Mas é justamente no carnaval, quando há o aumento do uso de bebida alcoólica e de infrações no trânsito, que se tem um crescimento nas estatísticas de acidentes com vítimas fatais. É preciso que as pessoas também tenham atenção nas estradas durante as viagens, preparar o carro com antecedência e, se possível, escolher horários com menor tráfego para evitar o cansaço do trânsito”, aponta Ricardo Xavier.
Ainda de acordo com o levantamento realizado, o maior número de óbitos ocorreu no sábado de carnaval, primeiro dia da festa, e a maioria das vítimas tinha entre 25 e 34 anos. Dos casos registrados, 67% ocorreram do anoitecer até a madrugada, horário em que as festas e bailes costumam acontecer. “A cada ano, temos a esperança que esse número diminua, mas não é isso o que vem ocorrendo nos últimos anos. Em 2009, foram 585 acidentes resultantes em morte indenizados, em 2010 esse número aumentou para 624, e em 2011 chegou a 695. Apesar do aumento de campanhas e avisos, infelizmente a imprudência de alguns acaba comprometendo a diversão e a vida de outros”, afirma Xavier.
De acordo com a Seguradora, as indenizações por morte ocorridas em 2011 ainda devem ter um acréscimo de cerca de 27 %, conforme experiência estatística, tendo em vista que os pedidos de indenizações podem ser feitos em até três anos após a data do acidente.

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