quinta-feira, 12 de abril de 2012

Abeiva sinaliza ligeira queda no 1° trimestre

As empresas filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) fecharam o primeiro trimestre de 2012 com uma pequena queda de 0,4% nas vendas, em comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado de janeiro a março deste ano, as associadas somaram 35.463 unidades emplacadas, contra 35.588 no primeiro trimestre de 2011.
"Embora pareça estável, podemos interpretar esse número como o início de uma queda geral prevista para este ano, caso nada mude comrelação ao aumento do IPI de 30 pontos percentuais", alerta Flavio Padovan (foto), presidente da Abeiva.
Segundo a entidade, o primeiro trimestre não apresentou queda maior porque o mês de março foi excepcionalmente bom, com alta de 31% em suas vendas se comparado a fevereiro (13.666 unidades emplacadas em março contra 10.430 veículos do mês anterior). No entanto, em relação a março de 2011, foi anotada queda de 2,1%: 13.666 unidades ante os 13.966 emplacamentos em igual mês do ano passado.
"O desempenho isolado do mês de março já era esperado, até porque tivemos em fevereiro um mês muito 'curto' com o Carnaval. Além disso, algumas das marcas associadas à Abeiva ainda tinham nas suas redes de distribuição, estoques de veículos com IPI anterior, ou seja, sem o impacto do aumento dos 30 pontos percentuais. Portanto, se considerarmos os dados de emplacamento do primeiro trimestre, com uma queda técnica de 0,4%, podemos afirmar que os reflexos da alta do IPI já começam a influenciar no comportamento de vendas de carros importados", analisa Padovan.
O mercado interno, com 284.166 unidades emplacadas, também cresceu em março deste ano contra fevereiro. A alta foi de 20,5 % [284.166 contra 235.896]. Em relação a março de 2011, porém, o mercado interno como um todo também sofreu queda de 1,6%.
Em relação ao novo regime automotivo brasileiro, anunciado no último dia 3 de abril, o presidente da Abeiva enfatiza que “aguardaremos a regulamentação e detalhamento das novas regras para o setor em sua totalidade para, com mais clareza de alguns pontos, nos pronunciarmos oficialmente. Dequalquer modo, já verificamos uma abertura para as empresas interessadas eminvestir no País e confiamos no bom senso do governo em flexibilizar a alta de 30 pontos percentuais do IPI para as marcas ainda sem fábricas do País, para que as suas 27 associadas, com cerca de 850 concessionárias e responsáveis por 35 mil empregos diretos, consigam dar continuidade em seus negócios no País”.

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