A GM resolveu criar um SUV com linhas chinesas para a sua divisão "premium" Buick e apresenta o conceito Envision no Salão de Shangai que encerra dia 28 agora. Desenvolvido pela divisão chinesa da Buick em conjunto com Pan Asia Technical Automotive Center (PATAC) o concept deverá atender a forte demanda por SUV´s registrada na região para desespero dos ecologistas e defensores dos direitos humanos que elegeram esse tipo de veículo como inimigo público número 1. Passando em miúdos, os SUV´s tem como dois principais problemas o excesso de massa e o consumo de combustível, sendo que o dois problemas não são interligados. No caso de excesso de massa, que também é um fator de aumento de combustível, o problema é quando esses veículos se envolvem em acidentes com veículo menores. Aí que entra os defensores dos direitos humanos e a galera anti-capitalista já que normalmente quem compra carro compacto não costuma ter dinheiro sobrando. Lembre que veículos compactos como os nosso nunca vão alcançar 5 estrelas no EuroNCAP ou no LatinNCAP simplesmente porque suas carrocerias não tem tanto espaço para áreas de deformação. E quando um monstro de duas toneladas se choca com um compacto o estrago é grande, os reis da dialética aproveitam a oportunidade para lucrar com a desgraça alheia. A Hummer fechou e a Mercedez foi obrigada a encolher o Classe S por causa da pressão desses grupos.
O consumo de combustível é, além da grande massa que costumam exibir sendo que os mais enxutos pesam 1.500 quilos, causado pelos sistemas de tração integral que quando não estão ligadas ficam girando em falso, causando perdas de energia. Os sistemas sob demanda também roubam alguma parcela de energia apesar da melhora da estabilidade e comportamento dinâmico, lembre que em engenharia nada é de graça.
Mas o pessoal da GM chinesa deu um jeitinho apesar de não divulgar os números desse concept para podermos compar. No caso do consumo, um motor híbrido que deve abusar da abundância de torque em baixas rotações exibidos pelos motores elétricos cada vez mais eficientes e no caso da massa o uso de materiais mais leves mas sem afetar a rigidez. E sem abrir mão do "command view" tão adorado pelas mulheres. E por falar em "command view", as informações principais do veículo e do sistema multimídia são projetados em 3D no para-brisa do veículo. E já vem com bluetooth de segunda geração que conecta os smartphones à internet caso o carro tenha esse serviço. Os espelhos foram substituídos por microcâmeras que atuam junto aos radares que além de mostrar os pontos mortos, especialmente na coluna "A" vítima dos projetos modernos que inclinam demasiadamente o para-brisa e forçam os engenheiros a colocar um "quebra-vento" reforçado nesse local que obstrui a visão. E para finalizar os faróis compostos por LED´s ladeiam a grade com desenho de uma cachoeira estilizada em dois níveis. E a coluna "C" inclinada é o orgulho dos designers que acreditam que "subverteram" a traseira imponente desses tipo de veículo. Mas esqueceram do BMW X6...
Apesar do entre-eixos curto, por volta de presumíveis 2,10m, o carro exibe um bom espaço interno especialmente nos bancos traseiros que é exigência local para o mercado de luxo. Tela do console central é OLED sensível ao toque.
As rodas tem 22 polegadas e cada uma delas pode ter o seu torque regulado para melhorar o comportamento dinâmico. A suspensão possui regulagem magnética com possibilidade de recuperação da energia cinética.
O 2.0l SIDI Turbo com injeção direta acoplado a um câmbio de 8 marchas e o motor elétrico só atua em baixas velocidades ou quando um torque maior é necessário e também pode trabalhar como híbrido de autonomia extendida em sistema semelhante ao Volt.
As portas tesoura baseadas no conceito de yin/yang (lambo-doors se preferir) garantem um bom acesso ao interior do veículo e o grande teto envidraçado também atua como foto-célula fornecendo energia para recarregar as baterias de íons de lítio.
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