Com o passar dos anos os carros, especialmente os compactos, começaram a "engordar", principalmente por causa dos reforços estruturais para aumentar a segurança passiva e novos acessórios. Só para o leitor ter uma idéia o Fiat 147 lançado em 1976 pesava algo em torno de 790 kg, o Uno em 1984 se contentava com 830 kg e o novo Uno agora beira os 900 kg enquanto o Pálio chega facinho nos 1.100 quilos nas versões mais luxuosas, um aumento de 14% no peso das versões de entrada. Isso acarreta um aumento do consumo de combustível apesar da eficiência do motor ter aumentado. Um exemplo é o 147 que tinha 57 cv brutos, passando para 52 cv líquidos no Uno, que na versão Mille caiu para 48 cv, e que foi subindo para 65 cv na versão Economy, enquanto o novo Uno se contenta com 73 cv na versão Vivace. E isso para ganhar presumivelmente um ou duas estrelas no Latin NCap.
Apelar para materiais alternativos como a fibra de carbono e alumínio, mais leves e resistentes, encarecem o preço do veículo.
A Ford, que também está com dificuldade de tirar alguma "gordura" de seus veículos, encontrou uma solução para perder algumas gramas: arear os plásticos usados em seus veículos. A inspiração veio de alguns chocolates aerados que mantém a mesma resistência de um chocolate comum, mas com menos peso. A idéia é injetar bolhas microscópicas de ar antes que o plástico endureça, e quando é moldados formam uma estrutura semelhante à colmeia de abelhas. A idéia deu tão certo que o plástico ficou mais leve em 20% e sem aumentar os custos de produção e sem perder a resistência.
A tecnologia está sendo aplicada em seus modelos Focus, C-MAX e Grand C-MAX, S-MAX, Mondeo e Galaxy e faz partedos planos da Ford em reduzir o peso de seus modelos em até 300 kg até 2020.
E como se usa menos plástico na injeção os custos diminuiram, e ficou mais rápido e menos dispendioso moldar as peças, o que significa menos gastos com energia.
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