A partir do próximo ano, os carros da Fórmula Indy deixarão de usar motores aspirados. Em seu lugar entrarão motores de 4 e 6 cilindros até 2,4 litros, todos superalimentados por turbocompressores BorgWarner EFR (Engineered For Racing – “Projetado Para Competição”). Se não houver renovação, o contrato de fornecimento de turbos para a categoria encerra-se após a temporada de 2016.
A Honda, que desde 2006 era a única fornecedora de motores para a categoria (V8 de 3,5 litros e 650 cv), já anunciou seu motor para 2012: um V6 biturbo de 2,4 litros, 40% mais barato que os utilizados nesta temporada. Em 2012, o fabricante japonês também sofrerá a concorrência de outros dois fabricantes de motores.
Tendo o etanol como combustível, os preparadores dos novos motores poderão optar pelo uso de um ou dois turbos BorgWarner EFR, cada um com dois tamanhos de carcaça de turbina - o que dependerá do traçado de cada pista. Motores de 2,2 litros também estão sendo desenvolvidos.
A linha de turbocompressores BorgWarner EFR foi lançada em novembro de 2010, em Las Vegas, especialmente para repotenciar motores de 200 a 1.000 cv. Para a Fórmula Indy, este turbo foi desenvolvido com rodas de turbina em alumineto de titânio Gamma, rolamentos de cerâmica e carcaça da turbina de aço inoxidável.
Inicialmente projetados para tunadores e entusiastas por desempenho, os turbos EFR foram customizados para a categoria mais veloz do automobilismo mundial, utilizando técnicas de redução de peso e carcaças de saída projetadas especificamente para esta utilização.
Na próxima temporada da Fórmula Indy, os motores com turbos EFR terão potência variando entre 560 e 700 cv, dependendo da preparação de cada um. Ou seja: é o chamado “downsizing” (diminuição dos motores sem perda de potência) também no automobilismo de competição.
A ligação do fabricante dos turbos EFR com a Fórmula Indy começou em 1936, data da criação do cobiçado Troféu BorgWarner para o ganhador das 500 Milhas de Indianápolis. Feito em prata, ele exibe, em alto relevo, o rosto dos pilotos vencedores. Naquele ano, o americano Louis Meyer foi distinguido com a primeira gravação.
Tim Manganello, presidente e CEO da BorgWarner, confessou estar entusiasmado “em poder adicionar a mais recente tecnologia da empresa à Fórmula Indy. É a prova de nossa liderança tecnológica em turboalimentação, por meio de um produto feito para atender aos exigentes requisitos de desempenho das corridas de Fórmula Indy”.
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