A Fiat concluiu os estudos para instalação de sua unidade industrial no Estado de Pernambuco, a segunda da empresa no Brasil, que será o centro de um polo automotivo altamente integrado. A fábrica da Fiat, devido à nova concepção de integração, poderá produzir entre 200 mil e 250 mil unidades por ano, com investimentos entre R$ 3 bilhões e R$ 3,5 bilhões. O número de empregos diretos deve superar os 3,5 mil postos inicialmente projetados. O acionamento da linha de produção está previsto para o início de 2014.
A decisão de investir no Estado decorre do cenário favorável de mercado para os próximos anos, com projeção de expansão de vendas de automóveis e comerciais leves em todas as regiões do País, com destaque para o Nordeste. Além disto, o novo projeto da Fiat tornou-se possível porque a empresa localizou uma área contínua que comportará todo o polo automotivo projetado, composto pela fábrica de automóveis, parque de fornecedores de primeiro nível (sistemistas), centro de capacitação e treinamento, centro de pesquisa e desenvolvimento, pista de testes e campo de provas.
Com 14 milhões de metros quadrados em área contínua, o terreno está localizado no município de Goiana, na Zona da Mata norte de Pernambuco. Está situado a 80 metros acima do nível do mar e oferece condições topográficas favoráveis ao empreendimento. Assim, a fábrica da Fiat em Pernambuco já nasce mais integrada, como centro de um polo automotivo que poderá expandir-se através da formação de um segundo parque de fornecedores, em terreno à parte, com área de 1,4 milhão de metros quadrados e situado entre os municípios de Recife e Goiana. A Fiat também manterá um centro logístico em Suape, que continuará a ter importância estratégica para o projeto.
"A Fiat e o Estado de Pernambuco estabelecem hoje uma relação duradoura, produtiva e transformadora, que beneficiará toda a economia e toda a sociedade”, disse o presidente da Fiat para a América Latina, Cledorvino Belini. “Estamos dando início formal ao que será uma nova fase na história de 35 anos da Fiat no Brasil, ao mesmo tempo em que ajudamos a construir uma etapa importantíssima do desenvolvimento de Pernambuco”, acrescentou.
Integração e sinergia
A fábrica da Fiat foi concebida como o centro dinâmico do polo automotivo pernambucano, com base em moderna arquitetura de integração com o parque de fornecedores, centro de capacitação de mão de obra, centro de desenvolvimento tecnológico, pista de teste e campo de provas. Trata-se de uma fábrica sustentável, de baixo impacto ambiental, que reproduz as melhores práticas consagradas no Sistema de Gestão Ambiental Fiat. As ruas internas serão pavimentadas com asfalto produzido a partir de pneus reciclados. A água utilizada no processo industrial será tratada e reutilizada.
A fábrica tem layout moderno, otimizado, com fluxos de materiais e de produtos concebidos dentro dos mais elevados parâmetros da World Class Manufacturing (WCM).
A fábrica será um pólo irradiador de capacitação de mão de obra não apenas para produzir automóveis, mas também para projetá-los e desenvolvê-los. Por isto, foi estabelecido acordo de qualificação de engenheiros, envolvendo as universidades federal e estadual de Pernambuco e o Instituto Politécnico de Turim, para a formação de um grupo inicial de 50 jovens engenheiros naquela tradicional instituição italiana.
Por seu poder irradiador sobre a economia, o mercado de trabalho e sobre a educação e qualificação, o polo automotivo projetará seus efeitos por todo o Estado e toda a sociedade, através da geração de riquezas, de renda, de capacitação, de emprego, de melhoria da infraestrutura, da oferta de educação, da expansão da prestação de serviços, entre outros.
Uma fábrica estratégica para a Fiat
A fábrica de Pernambuco é estratégica para a Fiat. O mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves fechou o ano de 2010 com um volume de vendas de 3,3 milhões de veículos, sendo que a Fiat participou com vendas de aproximadamente 760 mil veículos. Estudos projetam que o mercado total no Brasil pode alcançar o volume total de 4,7 milhões de automóveis e veículos comerciais leves comercializados já em 2014.
A opção por Pernambuco
A opção da Fiat pela região Nordeste do país, mais especificamente pelo Estado de Pernambuco, se fundamenta na orientação desenvolvimentista adotada pelo Governo do Estado, nas condições logísticas adequadas, na posição geográfica estratégica, assim como no forte e sólido compromisso que a Fiat tem com o país, que pode ser traduzido na busca constante pelo desenvolvimento econômico e social sustentável. Pernambuco se consolida como o Estado que mais se desenvolve no Nordeste, a região com maior potencial de elevação do consumo do País.
Um campo de provas completo
O pólo automotivo contará um campo de provas de nível mundial para executar todos os testes de veículos da América Latina com oportunidades também para Fiat Powertrain. Atualmente, no Brasil não há um lugar para a empresa realizar testes de veículos de produção, protótipos, novos lançamentos etc. A Fiat realiza todos os testes em estradas públicas e/ou recorre à Itália. O campo de provas tem por objetivo atender todos os requisitos em termos de desenvolvimento e de realização de testes continuamente, e também poderá suportar a promoção de treinamento e convenções de concessionários, convenções de imprensa e outros.
Fiat, líder e inovadora
A Fiat tem em seu DNA a marca do pioneirismo. Foi a primeira indústria automobilística brasileira a instalar-se fora do cinturão industrial de São Paulo. Ao inaugurar sua fábrica em Betim, Minas Gerais, em 9 de julho de 1976, a empresa tornou-se fator decisivo para a industrialização daquele Estado. Ao longo de sua consolidação, promoveu o processo de ‘mineirização’, atraindo para a área de influência da fábrica inúmeros fornecedores, que hoje aportam 70% da demanda de componentes num raio de até 150 quilômetros da nossa planta em betim. A presença da Fiat mudou a face da economia mineira.
Ao longo de seus 35 anos no Brasil, a Fiat produziu mais de 12 milhões de vículos. A empresa é líder de mercado por nove anos.
Um setor estratégico para a economia
O setor automotivo e sua cadeia produtiva respondem por mais de 5% do Produto Interno Bruto total do Brasil e por 23% do PIB industrial. É denominado “indústria de indústrias”, tal a sua capacidade de estruturar em seu entorno parques de empresas transformadoras de matérias-primas e produtoras de componentes vinculados a inúmeros setores da economia, abrangendo toda a escala de complexidade tecnológica.
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