segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Cientistas da NASA e da GM aprimoram o Robonaut 2, que agora conta com mãos "humanas"

Engenheiros e cientistas da Nasa e da GM trabalharam juntos na agência do Centro Espacial Johnson em Houston, para construir um novo robô humanóide capaz de trabalhar lado a lado com as pessoas. A idéia é a de que os robôs possam ajudar futuros astronautas durante missões espaciais de risco e ajudar a GM a fabricar carros mais seguros e modernos. As duas organizações, com a ajuda de engenheiros da Oceaneering Space Systems, desenvolveram e construiram o Robonauta 2. Ele é um robô mais rápido, mais ágil e tecnologicamente mais avançado que seu antecessor. O R2 como é conhecido entre os seus criadores, se tornou um dos robôs mais inteligentes até hoje desenvolvidos, por ter mãos muito parecidas com as mãos humanas. Os engenheiros do Centro Técnico da General Motors em Warren, Michigan, e os do Centro Espacial Johnson, da NASA, em Houston, trabalharam em conjunto para produzir um robô que pudesse trabalhar lado-a-lado com os astronautas na Estação Espacial Internacional e também em futuras missões. Como todas as ferramentas e equipamentos a bordo da estação espacial foram desenvolvidos para serem utilizados por mãos humanas, foi preciso que o R2 fosse capacitado para executar as mesmas tarefas sem qualquer modificação. As mãos mecânicas do R2 funcionam de forma muito parecida com as mãos humanas, nas quais elas foram baseadas. E isso inclui uma variedade muito semelhante de movimentos e o controle preciso, tanto de posições como de força. “Os braços e as mãos do R2 integram um esqueleto articulado como o de um ser humano,” disse Marty Linn, engenheiro chefe de robótica da GM, “assim os polegares têm quatro níveis de liberdade de movimento quase igual ao de um ser humano”. É amplamente aceito que o polegar oposto foi uma razão pela qual os primeiros seres humanos puderam desenvolver a habilidade para utilizar ferramentas. A mão do R2 foi projetada para incorporar esta capacidade. Diferentemente dos robôs humanóides anteriores, os dedos do R2 são finos e os polegares parecem os das mãos humanas. Assim como os tendões humanos prendem os músculos ao osso, no R2 existem tendões para ligar as juntas do esqueleto aos sensores e atuadores da palma da mão. Isso permite que os sistemas de controle do R2 calculem com precisão as forças de reação e ajustem continuamente o controle do aperto da mão em qualquer tarefa que o R2 esteja desempenhando. Embora sejam projetados para posicionar objetos com precisão ou para seguir um trajeto específico, os robôs industriais tradicionais não manuseiam muito bem objetos ou itens inesperados que estejam levemente fora de posição. Nos seres humanos a habilidade para adaptar-se à variação é muito maior; o projeto das mãos e dos sistemas de controle do R2 lhe confere capacidades similares. O R2 comprova esta capacidade quando aperta as mãos dos visitantes. Independentemente do tamanho da mão ou da firmeza do aperto de mão, o R2 ajusta-se automaticamente. “Investimos alguns de nossos melhores e mais brilhantes talentos na criação do R2,” disse Ken Knight, diretor executivo da engenharia de manufatura global da GM. “Trabalhando em conjunto com os cientistas e engenheiros da NASA, temos a certeza de ter criado o robô tecnicamente mais avançado que existe no mundo.” Esteja o R2 limpando os corrimãos da estação espacial, local programado para sua viagem em fevereiro de 2011, ou ajudando os astronautas na montagem de novos módulos para a estação - ou auxiliando algum dia em um ambiente de manufatura - a destreza oferecida por suas mãos irá permitir que ele supere em muito o desempenho dos seus predecessores.

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