A chegada do inverno é sinônimo de aproveitar o friozinho debaixo das cobertas para muitos. Para quem possui carro, no entanto, deve ser sinônimo de atenção, pois as baixas temperaturas podem trazer danos para alguns itens do carro. Nesta época no ano, os cuidados com a bateria devem ser redobrados. “As temperaturas mais baixas tendem a diminuir a velocidade de reação dos componentes químicos da bateria. Isso faz com que ela não consiga fornecer a mesma potência no inverno em relação ao verão, por exemplo”, explica o engenheiro de Desenvolvimento da Baterias Moura, Thiago Dantas.
De acordo com Dantas, o frio torna a partida do veículo bem mais difícil para a bateria, uma vez que os fluídos ficam menos viscosos, como o óleo do motor. Além disso, os componentes mecânicos apresentam folga menor. “Dessa forma, a recomendação mais importante seria garantir que a bateria esteja sempre em boas condições e em estado de plena carga”, indica. Nessa hora, o ideal é passar em uma oficina ou loja de baterias de confiança e pedir ao eletricista de plantão que teste o estado de carga da peça.
As baixas temperaturas também exigirão mais energia da bateria. “Caso ela tenha descarregado, deve-se recarregá-la completamente utilizando a carga lenta por 24 horas. Isso evita a formação de cristais de sulfato, que podem causar danos irreversíveis ao equipamento”, aconselha Thiago Dantas. “É importante mantê-la sempre recarregada e em bom estado”. Caso a bateria não esteja com plena carga ou o veículo fique parado por um tempo muito longo, a bateria pode não conseguir dar a partida no veículo, principalmente no frio.
Também se deve checar se não há fuga de corrente ou se a corrente de standby não está muito alta. “O eletricista deve medir a corrente entre o terminal negativo da bateria e o cabo negativo do veículo, com um amperímetro, com o veículo desligado. A corrente recomendada pela Moura é de 30mA, ou 0,03ª”, diz Dantas. Sujeira na tampa da bateria e itens como rádio e GPS podem aumentar demasiadamente a corrente de fuga ou standby.
Segundo o engenheiro de Desenvolvimento, se houver muitos equipamentos instalados no veiculo - como faróis de milha, som de alta potência, DVD e rastreadores - também é importante medir a tensão do alternador com o veículo em funcionamento e com todos os equipamentos ligados. “Com isso, pode-se avaliar se a peça não está sobrecarregada pelo excesso de equipamentos. Se a tensão estiver abaixo de 13,6V ou acima de 14,8 V, a bateria não estará sendo recarregada adequadamente e o alternador deve passar por manutenção”, aponta.
Para não descarregar a bateria, é importante evitar utilizar o som por períodos prolongados com o veiculo desligado. Ao desligar o carro, mesmo que por pouco tempo, verifique se não deixou nenhum instrumento ligado, como som ou faróis. Caso não se consiga a partida na primeira tentativa, aguarde 30 segundos antes de tentar novamente. Isso ajuda a bateria a se estabilizar para a nova tentativa.
O tempo de partida não deve ser superior a cinco segundos. Se houver dificuldade ou demora em acionar o motor, procure um técnico de confiança para avaliar a bateria e o motor de partida. “O motor de partida pode estar com defeito ou a bateria pode estar com carga baixa ou no final da vida útil”, diz o engenheiro de desenvolvimento da Moura.
Caso seja a hora de trocar a peça, é fundamental exigir uma de boa qualidade. A bateria Moura possui três componentes que a diferenciam das demais: agente químico, mecânico e elétrico. O agente químico é uma composição de aditivos que facilitam a recarga da bateria e a protegem dos danos da descarga profunda em uso prolongado. O agente mecânico promove a robustez da bateria, garantindo seu uso prolongado. Por fim, o agente elétrico, uma composição de ligas especiais, promove a melhor condução de corrente da bateria. “Com isso, a energia consegue fluir livremente, facilitando a partida mesmo em temperaturas mais baixas”, conclui Dantas.
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