sábado, 12 de março de 2011

Lamborghini Aventador: O novo touro de Sant'Agata Bolognese

Post originalmente publicado no Blog do Play dia 2/03/2011 Ferrucio Lamborghini adorava touradas e a empresa que leva seu sobrenome mantém a tradição, desde o Miura, de batizar seus novos carros com nomes de touros que participaram das nada politicamente corretas touradas. O Aventador é um dos touros mais corajosos que participaram da tourada realizada em 1983 na arena de Zaragoza ganhando o Troféu de la Peña La Madroñera. E essa bravura toda foi homenageada no novo superdesportivo da casa de Sant´Agata Bolognese que está sendo apresentado agora no Salão de Genebra.
Os elementos lembram o Reventon, mas o carro é totalmente novo, inclusive no processo de fabricação do monocoque e dos componentes em fibra de carbono que foi patenteado como RTM-Lambo. O RTM é a sigla em inglês para transferência de resina moldada, em que a resina é injetada na manta de fibra de carbono antes de ser prensada, e depois é curada a quente. As vantagens é que a forma não é um molde maciço de metal, mas também de fibra de carbono, reduzindo o peso (e o preço) da prensa. O processo de injeção não utiliza alta pressão, o que ajuda a conter custos.
O carro é comprido, com 4,78 metros (um médio-grande mede 4,5 metros em média), é baixinho com com pouco mais de 1,13 m, mas largo, muito largo, quase um Hummer com 2,26m (um carro médio se contenta com 1,80m). Tanto que as portas de abertura vertical (lambos-doors ou portas-tesouras) não são um modismo que se iniciou no lendário Countach, mas uma necessidade nesses tempos de vagas apertadas. A suspensão "pushrod" é inspirado nos monopostos de Fórmula 1 e usam componentes metálicos mesclados com componentes fabricados em fibra de carbono.
O carro terá 13 cores externas, além de duas internas, além de várias opções de personalização que fará cada carro ser exclusivo. O monocoque de fibra de carbono é levíssimo e ao mesmo tempo protege o condutor e passageiro em eventualidades. Tanto que o peso do carro é de pouco mais de 1500 quilos, o que dá pouco mais de 2,25 kilos por cavalo vapor, que resulta em menos de 3 segundos no 0-100 (2,9 s) e a máxima é de 350 km/h. Mas dependendo do braço do piloto, a assistência eletrônica variável e a tração integral variável Haldex deixam o carro sempre na mão na maior parte do tempo. O tradicional V12 com bancadas a 60º agora revisitado, está 20% menos poluente e 8% mais potente.
"Com o Aventador LP 700-4, o futuro do super carro esportivo agora é parte do presente. Seu pacote excepcional de tecnologias inovadoras é único, seu desempenho é simplesmente impressionante", afirma Stephan Winkelmann, Presidente e CEO da Automobili Lamborghini. "O Aventador é um salto de duas gerações em termos de design e tecnologia, é o resultado de uma forma inteiramente nova de projeto, mas ao mesmo tempo é uma continuação direta e consistente dos valores da marca Lamborghini. É extremo, na sua concepção e sua execução, inflexível em suas normas e tecnologia, e inconfundivelmente italiano em seu estilo e perfeição. Globalmente, a dinâmica e a excelência técnica do Aventador LP 700-4 o torna inigualável na arena mundial dos carros esportes".
No painel estão dois monitores LCD, um é o "quadro de instrumentos" e o outro cuida dos ajustes do carro, multimídia e cabine.
O interior, nessa versão bicolor com a parte central dos bancos e detalhes acompanhando a cor externa, tem acabamento de alto padrão.
Debaixo dessas "guelras" transparentes, que são opcionais para os mais exibicionistas, se esconde o V12 de 6,5l que desenvolve 700 cv e 70,3 kgm/f.
A tradição das "Lambo-Doors" iniciada pelo então futurista Countach continua no Aventador, além dos novos detalhes com motivos hexagonais.
O câmbio é de dupla embreagem automatizado ISR que troca as marchas em milissegundos, e a tração é integral com bloqueio de diferencial.
Os faróis de duplo xenon são acompanhados por outros elementos como luzes diurnas, piscas e lanternas traseiras integralmente compostas por LED´s.

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