segunda-feira, 9 de abril de 2012

Autoplay – Tudo o que você queria saber sobre automóveis e tinha vergonha de perguntar


Câmbios semiautomáticos
Caixa de dupla embreagem que equipa o VW Golf  alemão
Continuando a nossa série sobre diferentes tipos de câmbios, vamos abordar os semiautomáticos e os câmbios robotizados. Enquanto os primeiros não tiveram grande aceitação em veículos de 4 rodas, pilotos de CUB´s (tipo a Biz por exemplo) têm familiaridade com esse tipo de câmbio. Os segundo s foram a salvação da lavoura para quem queria um câmbio automático e não queria pagar até 10% do preço do veículo. 

Câmbios sem embreagem
São câmbios que dispensam o pedal de embreagem, substituído por contra-pesos que são acionados pela força centrífuga vindo do motor acoplando a embreagem. Após a “saída” um coletor de vácuo no motor desacopla a embreagem e permite a troca ou redução de marchas. Esses sistemas eram comuns na Europa nos anos 50 e 60 e aqui no Brasil equiparam veículos da DKW (Saxomatic). Posteriormente  esse sistema mecânico foi substituído por uma central eletrônica e atuadores hidráulicos e aqui equipou o Palio (versão Citymatic) e o injustiçado Mercedes Benz Classe A (como opcional) nos anos 90.

Câmbios robotizados
Também conhecido por automatizado. São câmbios mecânicos em que a alavanca de câmbio e o pedal de embreagem são substituídos por atuadores hidráulicos controlados por uma central eletrônica que fazem todo o trabalho de troca de marchas. Tem as vantagens do câmbio automático por realizar sozinho a troca das marchas com opção de seleção manual caso o motorista queira assumir o controle.
Outras características são o preço baixo em relação a uma caixa automática comum e o fato do consumo de combustível ser o mesmo que de uma caixa totalmente manual. Uma reclamação constante desses câmbios e que os fabricantes se esforçam para eliminá-la é o “soluço” ou “cabeçada” quando o câmbio está em modo automático, como se fosse um motorista inexperiente  dirigindo.
Representação esquemática do câmbio de dupla embreagem do Audi Q5. Para visualizar melhor clique para aumentar.
Câmbios de dupla embreagem
Como o nome diz, são câmbios com uma embreagem dupla, cada uma delas responsável por um grupo de marchas (pares e ímpares por exemplo). Usa um sistema hidráulico ou eletrônico para efetuar as trocas, tanto no modo manual, por alavanca no console, quanto por “borboletas” atrás do volante. A vantagem é a rapidez nas trocas de marchas de alguns milissegundos, mas as desvantagens são o alto custo e as “cabeçadas” em modo automático que podem ser reduzidas com uma boa afinação do fabricante. Costuma equipar carros de luxo ou superdesportivos devido á rapidez das trocas e sem perdas de energia como ocorre com câmbios automáticos.

3 comentários:

  1. Caros, peço desculpas pelo atraso da coluna. Semana que vem encerro essa série e começo outra mais longa que abrange os tipos de carrocerias, fora uma surpresa especial que verão em breve. Aguardem...

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  2. Play, não tem atraso algum. Tá muito legal a informação. Obrigado amigo.

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    1. Semana que vem vai sair uma coluninha extra, mas não posso dizer o que é senão estraga a surpresa...

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